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Jornal do Campo mostra dinâmica do Juntos pelo Araguaia para recuperação de áreas degradadas do Bioma Cerrado, produção de água e mudança cultural

Reportagem veiculada pela TV Anhanguera, afiliada à Globo, visita propriedades rurais em municípios beneficiados pela cooperação público-privada, e que hoje têm abundância de água. Lançado em 2019 pelo governador Ronaldo Caiado, idealizado pelo Instituto Espinhaço, programa avança na recuperação de 10 mil hectares na bacia hidrográfica, sendo 5 mil ha em Goiás e 5 mil em Mato Grosso. Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, em rede social  destaca que “é uma revolução, é a antecipação de um futuro em que a cultura regenerativa se estabelece”

O Jornal do Campo, da TV Anhanguera, afiliada à Globo, veiculou no domingo (23/03) reportagem especial sobre o Juntos pelo Araguaia, cooperação público-privada lançada em 2019 pelo governador Ronaldo Caiado e idealizada pelo Instituto Espinhaço tendo em vista a recuperação de 10 mil hectares na bacia hidrográfica, sendo 5 mil ha em Goiás e 5 mil em Mato Grosso.

 

A reportagem visitou propriedades rurais nos municípios de Piranhas, Baliza e Bom Jardim de Goiás que abriram as portas para o programa, e hoje têm abundância de água.

 

O jornalista Honório Jacometto mostrou a dinâmica do programa para a recuperação de áreas degradadas do Bioma Cerrado, proteção das nascentes do rio, mudança cultural e produção de água.

 

A reportagem foi produzida a propósito do Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março. O apresentador, jornalista Márcio Venício, disse que “nas últimas décadas, o manancial vem perdendo vegetação ao longo de todo o percurso nos estados do Mato Grosso, Goiás, Tocantins e Pará. O Programa Juntos pelo Araguaia envolve poder público, empresas particulares e produtores rurais que plantam a vegetação do tão castigado Bioma Cerrado”.

 

A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, em rede social, destaca que “fechamos a Semana da Água com uma belíssima reportagem realizada pelo jornalista Honório Jacometto sobre o programa pelo qual tenho o maior orgulho e honra em liderar à frente da Semad”.

 

“O Juntos pelo Araguaia é uma revolução. É a antecipação de um futuro em que a cultura regenerativa se estabelece. É o meio ambiente cultivado com amor por todos”, aponta Andréa Vulcanis.

 

De acordo com a secretária, “trata-se de uma união de esforços real pela reconstrução de uma visão de mundo em que os governos de Goiás e de Mato Grosso figuram somente como articulador técnico e institucional”.

 

A reportagem do Jornal do Campo começa com cenas do viveiro do Juntos pelo Araguaia no município de Piranhas, a 320 km de Goiânia. O supervisor de Produção, Bruno Silva Melo, do Instituto Espinhaço, instituição executora, engenheiro florestal com mestrado e doutorado em produção vegetal, está sempre de olho na qualidade e na sanidade das mudas que serão plantadas em áreas de desmatamento, informa a reportagem.

 

“Aqui a gente realiza os tratos culturais, que é realmente para ter essa sanidade das mudas, tirar o mato-competição, eliminar e monitorar todo o resquício ou indício de pragas e doenças. De forma natural, a gente faz esse controle”, afirma Bruno Silva Melo.

 

Atualmente, o viveiro está com 200 mil mudas de 50 espécies nativas do cerrado, como o Ipê branco, a aroeira e espécies frutíferas, como o baru, diz a reportagem.

 

“Tem as espécies que atraem a fauna também. Isso é muito importante para dispersar as sementes”, observa Bruno.

 

Todo dia, o pessoal que trabalha no viveiro prepara embalagens, o que eles chamam de rocambole. Em cada uma são utilizadas 10 espécies com 45 mudas e mais diversidade, mostra a reportagem.

 

Contato com produtores

Em campo, os técnicos conversam com os produtores rurais para apresentar como funciona o projeto. Onde já foi implantado, eles voltam para saber o que aconteceu na propriedade.

 

Dona Maria Celma Vilela foi a primeira produtora rural da região da Bacia do Rio Araguaia a aderir ao programa, no município de Piranhas, em dezembro de 2021. Ela já viu resultados, pontua a reportagem.

 

“Normalmente a minha água aqui na bica diminui nesse tempo. Esse ano, apesar de toda a falta de chuva, ela conservou bem”, afirma Maria Celma.

 

“Mas nada disso aconteceu por milagre”, lembra o repórter Honório Jacometto. Na propriedade da Dona Maria Selma, foram construídos 3 mil metros de cerca para proteger as nascentes, serviço que custa em média R$ 36 mil. Foram plantadas 6.548 mudas, que custaram R$ 131 mil. Mas saiu tudo de graça para a produtora.


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Fotos: Reprodução/Jornal do Campo

Imagens da reportagem veiculada pelo Jornal do Campo, da TV Anhanguera, afiliada da Globo, sobre a dinâmica do Juntos pelo Araguaia para a recuperação de áreas degradadas do Bioma Cerrado, proteção das nascentes do rio, mudança cultural e produção de água: “O programa é uma revolução. É a antecipação de um futuro em que a cultura regenerativa se estabelece. É o meio ambiente cultivado com amor por todos”, aponta a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis

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“A gente já chega na propriedade e informa que temos as empresas privadas parceiras que financiam o custeio dessa recuperação, todo o processo, desde o cercamento até o plantio das mudas em si. O produtor não gasta nada, nem a comida para os colaboradores, por exemplo. As empresas bancam tudo isso”, diz Bruno.

 

“Foi uma mão na roda, vamos dizer, né? Porque se fosse para eu fazer sozinha, teria um custo financeiro bastante alto. E essa parceria caiu assim, na hora certa”, diz a produtora Celma.

 

Até a limpeza do mato que cresce em volta das mudas e a manutenção das cercas ficam por conta dos funcionários do projeto. Isso inclui o combate aos insetos que podem danificar as mudas. Tudo é feito por um período de dois anos. Isso garante que a muda, desde o plantio, se desenvolva até a fase adulta.

 

Resultados palpáveis

As ações do Juntos pelo Araguaia têm reflexos positivos no aumento dos níveis dos mananciais que abastecem a população dos municípios beneficiados, informa o Jornal do Campo.

 

“O que se faz no campo reflete diretamente na cidade. É mais água que chega à estação de tratamento”, destaca o biólogo da Saneago, Douglas Santos. “A bacia dessa região que recebeu o projeto foi justamente a que menos sofreu impacto devido a essa grande onda de calor que a gente viu em todo o Brasil, inclusive no Amazonas, e até no Sul do país. E eu posso afirmar, sim, com certeza, que a gente pode ver os resultados palpáveis”, completa.

 

O secretário de Meio Ambiente de Bom Jardim de Goiás, Guedes Gonçalves de Souza, também afirma que depois da implantação do Juntos pelo Araguaia a falta de água no município terminou, em apenas um ano.

 

“Muitas pessoas vão perguntar, mas por que disso? O percurso que leva dessas nascentes, que são várias nessa localidade, até a captação de água da Saneago é muito curto. Então, não vai ter muita perda até chegar nas torneiras da população”, explica o secretário.

 

As mudanças nas propriedades vão além do plantio e do cercamento das nascentes. Têm as construções de curvas de nível, para evitar a erosão do solo, e minibarragens, que seguram as águas da chuva, diz a reportagem. 

 

Cerca de 600 hectares de cerrado que estavam degradados, já estão com cara nova em quatro municípios goianos, Santa Rita do Araguaia, Piranhas, Baliza e Bom Jardim de Goiás. Em Mineiros e Portelândia, está em curso o início da execução, com piloto de 50 ha.

 

Reconhecimento da Unesco

A reportagem revelou que o Juntos pelo Araguaia foi reconhecido pela Unesco como Sítio de Ecohidrologia, uma referência mundial que demonstra a eficácia da iniciativa nas propriedades rurais que ajudam a aumentar a produção de água.

 

“Tem água brotando em abundância nas terras da família Lopes Pereira, em Baliza, Goiás”, informa o repórter Honório Jacometto. O Jornal do Campo evidenciou outra atividade prioritária do JPA, que é a educação ambiental e a conscientização para mudança cultural.

 

A reportagem traz o depoimento do produtor rural Marcelo Lopes Pereira, que foi convencido pelo filho Carlos, que participou na escola de palestras sobre preservação, a abrir as portas da propriedade para o programa. Na área, que tem o tamanho de três campos de futebol, estão sendo plantadas 3 mil mudas de árvores nativas. “Agora sou também um criador de água”, pontua Marcelo.

 

O Jornal do Campo também mostrou a propriedade do casal Wellington e Maria Divina, no município de Bom Jardim de Goiás. “A água minguou nos últimos anos. Mas com as ações do projeto, ela está de volta”, ressalta a reportagem. 

 

“Todo mundo fala que a maior riqueza que nós temos aqui nessa propriedade é exatamente a água”, diz Maria Divina. “Hoje, para a gente, é uma satisfação estar aqui vendo ela brotar. Há muito tempo não corria mais aqui”, destaca o produtor Wellington.

 

“Se trabalhos assim, que contam com a união do governo, da iniciativa privada e dos fazendeiros continuarem e ganhar mais parceiros, a produção de água e a vida do Cerrado estarão garantidas hoje e para as futuras gerações”, diz a reportagem.

 

“A gente realmente faz aquele processo de plantar uma sementinha em cada pessoa, é conscientização ambiental”, aponta Bruno.

 

“O JPA dá certo porque é feito com as pessoas, para as pessoas e pelas pessoas. É o novo, o próspero, o modelo que tem força. Obrigada a todos que participam e acreditam que há soluções para a nossa civilização”, celebra Andréa Vulcanis.

 

A coordenadora de Relação com a Comunidade e Implantação Florestal do Juntos pelo Araguaia, Maiara Soares, do Instituto Espinhaço, destaca que “estou deixando um legado”. Segundo ela, “eu posso dizer que daqui a 30 anos, que, se Deus quiser, estarei viva, eu participei de um dos maiores projetos de recuperação de bacias hidrográficas, que é a Bacia do Alto Araguaia”.

 

Maiara Soares pontua que “o Cerrado é o berço das águas. Então, toda água que a gente produz aqui não vai beneficiar só os produtores rurais, mas sim, um município, um estado, um país, o mundo”. O apresentador Márcio Venício conclui: “Belo exemplo de projeto ambiental”.


Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad-GO) – Instituto Espinhaço - Escritório Executivo de Projetos (EEP) do Programa Juntos pelo Araguaia (JPA)

 

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